Marco Ruas x Pinduka 1983
A luta ocorreu em 1983 no Maracanãzinho, em um evento promovido por Róbson
Gracie, que também contou com a participação de nomes bem conhecidos do público,
como: Marcelo Behring, Rei Zulú, Sérgio Batarelli, Eugênio Tadeu e outros. Bom a
luta começou muito movimentada, com o Pinduka dando uns chutes de
frente que mais pareciam pontapés de bêbado, para ver se acertava o abdômen de Ruas. Ele tentou
cinturar o Marco, que se livrou com agilidade e começou a disparar potentes socos
na cabeça de Pinduka, que não conseguia se defender de jeito nenhum. Finalmente, Pinduka conseguiu encurtar a distância, cinturou e levou o Marco Ruas para o
chão. O Marco já tinha um bom conhecimento de luta de solo e conseguiu colocar o
Pinduka na sua guarda e dalí já foi emendando uma sequência de cotoveladas na
cabeça do faixa-preta, que logo conseguiu passar a guarda. Neste
momento a luta ficou meio parada, senão pelos socos de Pinduka nas costelas de
Ruas e algumas cabeçadas que nunca encontravam o alvo!! De repente o Ruas
esperneou e conseguiu repôr a guarda, neste momento foram dados golpes de parte
a parte, Ruas por baixo e Pinduka por cima, foi quando Pinduka aproveitou um
vacilo de Ruas e passou sua guarda novamente, mas pouco fizeram também neste
momento do combate, tanto que o juiz da luta, o delegado Hélio Vígio, decidiu
recomeçar a luta em pé, mas era exatamente o que Pinduka não queria!! Marco Ruas
começou a disparar seus socos na cabeça, e o Pinduka continuava dando uns
ponta pés sem valor, foi quando Pinduka mais uma vez cinturou o Ruas e na
tentativa de lhe dar uma queda, acabou tomando uma "contra queda", mas infelizmente
Ruas não soube se aproveitar do momento e Pinduka "malandramente" colocou metade
do corpo para fora do ringue obrigando o juiz a recomeçar o combate mais uma vez.
Este foi o pior momento para Pinduka no combate já que o mesmo (aparentando
cansaço) ao receber uma saraivada de golpes, quase foi nocauteado, e Marco não
parava de bater, todos na cabeça, sem piedade!! Pinduka empurra Marco para o
canto do córner e o derruba mais uma vez, entretanto, já cansado, pouco faz, enquanto
Ruas o mantém na guarda apenas se defendendo. Marco Ruas coloca um gancho e
Pinduka aproveita o movimento para alcançar a meia-guarda, e começa a disparar
alguns socos, Ruas só se defende, é o fim do primeiro round. Começa o segundo
round e agora ambos estão cansados, mas ainda assim Ruas dá alguns jabs em
Pinduka, que mais uma vez fecha a distância e derruba Marco novamente. Ruas não
cede a guarda e ainda consegue colocar um guanchincho, mas Pinduka se anima e
desfere alguns bons socos em Ruas, mas o cansaço é maior e o impede de dar uma
sequência. Ruas começa a castigar Pinduka com ótimas cotoveladas da guarda,
Pinduka tenta reagir, mas Ruas o trava muito bem, então Pinduka dá o último gás
e passa a guarda de Marco e desfere dois bons golpes no rosto de Marco Ruas, mas
o tempo acaba e na ausência de jurados para dar declarar um vencedor, Hélio Vígio, levanta o braço de ambos.
Senhoras e senhores, temos um empate."Foi minha primeira luta num evento
desse tipo, não sabia como era e lutei contra a família Gracie. Eu tinha 23 anos, 78 Kg.,
enfrentei um cara bem mais pesado e mais experiente do que eu, faixa preta. O
juiz, Hélio Vígio, estava contra mim. O empate, eu considero vitória, por causa
disso tudo" (Declaração de Marco Ruas à revista O Lutador em Dezembro de 1996).
O público começa a se alvoroçar, pois agora
terá início a luta entre Marcelo Behring e Flávio Molina, mas essa é uma outra
história...
Magapi no Twitter
por: Marc Magapi
Nessa época já rolva a treta com a galera da LLE?
ResponderExcluirOi Romeu. Já rolava sim bicho, e a partir deste evento a coisa foi ficando mais acirrada. Abraço do Magapi
ExcluirParabens pelo Relato
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